Start-up Servofiel foi destaque no Campus Party
A start-up Servofiel, que é uma das incubadas na Sudotec, foi destaque no Desafio Like a Boss 1UP, realizado pelo Sebrae durante a Campus Party, em São Paulo. A competição reuniu diversas empresas de tecnologia da informação que apresentarem seus produtos para investidores, numa rodada de negócios. As melhores iam se classificando, sendo que os duovizinhenses conseguiram chegar até a semifinal.
"Como estamos inseridos nesse cenário de start-ups do
Sudoeste, a gente acompanha e somos acompanhados pelo Sebrae, que através do
seu núcleo, em São Paulo, faz uma seleção de start-ups para o desafio. Lá,
apresentávamos nossa proposta de valor, como estamos no momento, para uma banca
de investidores. Chegamos até a semifinal e isso foi muito importante porque a
gente pôde entender o quão certo está o nosso caminho. Validamos com esses
grandes pensadores desse cenário empresarial", destaca Rômulo Duarte,
sócio da empresa que esteve na capital paulista.
Os resultados da participação estão começando a aparecer na prática.
"Tivemos conversas posteriores com um fundo de investidores que estava em
uma das bancas. Marcamos uma nova reunião agora e houve interesse. Durante o
evento, também pudemos conversar com diretores da Visacard, da Rede, que são as
gigantes desse mercado que estamos inseridos. A coisa está acontecendo, estamos
em contato com grandes players de mercado, que identificaram valor na Servofiel
e mantiveram contato", destaca.
O que é?
A Servofiel nasceu há aproximadamente dois anos, contando com três sócios:
Marcos Nonemacher, Rômulo Duarte e Júlio Antunes. A start-up se encaixa no ramo
conhecido como 'fintech' que é voltado para empresas de tecnologia que estão
desenvolvendo soluções para o mercado financeiro. O software está instalado em
uma máquina semelhante as de cartão de crédito e débito. "A solução está
personalizada para necessidades específica do cliente, seja no caso do dízimo,
todo o processo de controle, ou no caso da venda também. Tudo isso é integrado
com soluções complementares, por exemplo, no aplicativo, do celular, onde o
responsável pelo evento consegue alterar preços e ver o que vendeu. Isso agrega
valor para o organizador. Ele pode alterar valores de produtos e acrescentar
outros pelo aplicativo", explica Marcos.
A devolução do dízimo automatizada já está acontecendo na Paróquia Santo
Antônio de Pádua, em Dois Vizinhos. "Começou com um piloto aqui, a pedido
do Padre Deoclézio Wigineski. A máquina fica na secretaria e vai também para a
missa do dízimo. Quando a pessoa chega para fazer a devolução, quem está
operando coloca o código do dizimista ou pode usar os dispositivos de
identificação por aproximação, que são entregues pela Igreja. Depois é só
colocar o valor, pode-se escolher referente a que mês ou meses e, se for no
dinheiro, a máquina também registra, porque ela serve para controle. Se for no
cartão, você só insere o cartão e já sai o comprovante. Isso é uma inovação
muito grande", conta Rômulo.
A máquina e o software ajudam no controle de tudo o que entra e geram
comprovantes na hora, sem precisar de papéis, carimbos e assinaturas. "A
partir do momento que registrou, fica armazenado: quem fez o recolhimento,
data, horário e possibilita uma série de relatórios de conferência",
resume Marcos.
A empresa também trabalha com o Servoticket, utilizado em festas e eventos.
"Trabalhamos na Festa de São Pedro em Pato Branco, a Romaria em Santa
Izabel do Oeste, a Trezena de Dois Vizinhos, eventos religiosos em São Paulo e
também já fizemos shows de Wesley Safadão, Tiago Iorc e outros artistas de
renome nacional. O Servoticket foi pensado para a gestão de vendas, ou seja,
tudo que é comercializado, as máquinas listam. Temos um aplicativo que roda
integrado com as máquinas, então, a venda que acontece e vai subindo para o
celular e o dono consegue acompanhar o que está acontecendo", explica
Júlio. A empresa já está atuando em vários Estados, como Paraná, São Paulo,
Pernambuco, Maranhão, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Auxílio para os voluntários
As festas, principalmente de Igreja, geravam uma demanda muito grande de
voluntários que tinham que fazer tarefas como, por exemplo, de contagem de
fichas para gestão de vendas. Com o servoticket, ficou mais fácil e até os
voluntários que não são muito ligados à tecnologia acabam aprovando a
maquininha. "Queremos desmistificar essa complexidade da tecnologia para o
nosso público, que é um pouco mais leigo. Nas igrejas, principalmente, os
voluntários que trabalham nas festas não tem tanta intimidade com tecnologia e
a gente tem procurado simplificar tudo isso, deixar a solução bem simples. Está
muito bem aceito pelo público. Num primeiro momento, todos ficam meio
assustados e, depois que passa o impacto inicial, eles gostam da solução e os
depoimentos, no final, é para termos novamente o servoticket nos outros anos.
Isso facilita a vida do voluntário", conclui Marcos.