quarta, 26 de outubro de 2016
Evento de benchmark, promovido em parceria com a UBI Global, teve como objetivo estudar em profundidade as melhores práticas mundiais, de modo a melhorar os indicadores das incubadoras do Estado. As 17 incubadoras paranaenses em processo de implantação da metodologia Cerne (Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos), com apoio do Sebrae, participaram nos dias 24 e 25 de outubro, em Curitiba, do workshop "Norteando a Incubação de Empresas no Paraná". Promovido pelo Sebrae/PR, em parceria com a Incubadora Tecnológica de Maringá e UBI Global – líder mundial na análise de desempenho da incubação de empresas –, o benchmark teve como objetivo analisar a posição das incubadoras do Paraná em comparação com a realidade nacional, global e com as melhores iniciativas do planeta, por meio de estudo comparativo. O evento contou com a presença do gerente da Unidade de Acesso a Inovação e Sustentabilidade do Sebrae Nacional, Celio Cabral, e da gestora Nacional do Programa de Incubadoras e Parques Tecnológicos da entidade, Maria de Lourdes da Silva. “O Paraná, para nós, é uma referência de ecossistema, em que os atores dos habitats de inovação atuam de forma articulada e com resultados interessantes. O Sebrae/PR desenvolve papel fundamental de mobilização de parceiros, e essa preocupação específica de ter uma forma de se comparar com outras instituições em âmbito mundial também é interessante para avaliar o quanto nosso trabalho é diferenciado em relação a outras regiões do mundo”, destaca Cabral.O consultor do Sebrae/PR Aloísio Cerqueira, da Unidade de Ambiente de Negócios, explica que o workshop é a oportunidade de estudar em profundidade as melhores práticas mundiais, com o objetivo de melhorar os indicadores das incubadoras paranaenses. “Fizemos um relatório comparativo das nossas incubadoras com Estados Unidos, Europa, América Latina, e com o Top 10 Global. Agora, estamos fazendo, conjuntamente, um estudo aprofundado do modelo e vendo o que é possível adotar, que indicadores de performance cada incubadora consegue melhorar”, detalha.Segundo Telma Lampreia, da UBI Global, no evento foi possível identificar forças e fragilidades das incubadoras paranaenses, muito semelhantes ao que se observa em todo o cenário brasileiro. “A maior dificuldade é de acesso a recursos e networking, por isso, eles sugeriram criar mais parcerias e eventos. Outra dificuldade é na coleta de dados. A maioria não consegue saber o que as graduadas fizeram nos últimos cinco anos, até por rotatividade de pessoal das incubadoras, o que é uma questão política. Para melhorar esses pontos é que promovemos essa partilha das melhores práticas mundiais”, acrescenta. Entre as incubadoras referência em boas práticas no mundo está a do Instituto Pedro Nunes (IPN), de Coimbra, Portugal. De acordo com o representante, Paulo Santos, que esteve no workshop, enquanto 99% das incubadoras estão focadas em gestão, o IPN também apoia tecnologicamente as empresas. “Não somos só uma incubadora. Além do programa de incubação, temos seis laboratórios de pesquisa e desenvolvimento aplicados. Neles, o conhecimento descoberto na universidade é transformado em inovação, em produtos, aplicações, serviços para o mercado. O diferencial é a sinergia entre os laboratórios, as empresas incubadas, e os programas de capacitação de empreendedores e quadros técnicos”, afirma.